quarta-feira, 4 de novembro de 2009

E quando vai tudo muito bem

Não sei se tenho mania de perseguição, paranóia ou se quando tudo vai muito bem, obrigada, eu já fico me preparando pra alguma queda ou péssima notícia.

Quando um relacionamento tá me deixando nas nuvens, eu já fico me perguntando "até onde vai?". E não que eu não acredite no potencial dele, mas eu fico pensando: Será que é mesmo pra mim? Será que não é querer demais? E não que eu não acredite em felicidade, eu a vivo, de verdade!

Mas essas coisas além da felicidade de viver e de "ter a paz de estar em par com Deus", essas coisas que fazem transbordar o coração, ah! Me fazem entrar em pane, como se uma sirene tocasse na minha cabeça "CUIDADO, menina... Coloca os pés no chão!".

E eu sei lá no que acreditar...
Eu acredito que o amor e a graça de Deus me alcançaram;
Eu acredito que minha vida tem um propósito maior do que eu penso ter;
Eu acredito em milagres;
Mas quando o assunto é viver meu conto de fadas, algo me diz que eles vieram dos livros e nos livros devem ficar.

A verdade é que eu acho que sou mais desiludida pro amor do que pensava. E que Deus me perdoe pela minha insegurança e fé vacilante. E que esse meu relacionamento de agora possa quebrar esse meu preconceito, porque eu realmente quero acreditar. De repente, esse que é o meu milagre. Porque afinal, tá bom demais pra ser verdade e eu digo isso com uma certeza que nunca antes senti tão rápido. Talvez por isso o susto e o medo. :)

P.S. away: Andei sumida né? Pois bem, voltei! \o/

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Dos erros

Pensa comigo, quais seriam os piores erros: aqueles graves, que deixam marcas e arrependimento nos que os cometeram; ou aqueles que, porque ninguém acha nada demais, são aceitos e "convividos" por toda a vida?

Os "pequenos erros" são regras que nós nascemos ouvindo falar, mas que conforme fomos crescendo, nos desapegamos e passamos a adaptá-las de acordo com as nossas preferências. Diz-se que a moral de uma sociedade muda com as gerações. Pois que mude! Mas os nossos valores éticos não deveriam continuar os mesmos? Mentira não continua sendo mentira? Racismo não continua sendo falta de amor e de respeito? Traição falta de fidelidade, amabilidade algo que todos querem receber?

Por isso que acho que a sociedade muitas vezes é injusta: traz a condenação eterna pra um assassino que, de repente, só perdeu o controle uma única vez, que se arrependeu e se culpará pelo resto da vida, não querendo mais nem chegar a pensar em cometer aquilo de novo e, ao mesmo tempo, confia cegamente em alguém que mente e exagera em suas conversas como se isso fosse até uma profissão. Não é irônico?

Acho que às vezes é melhor errar, mas errar feio... Porque só assim conseguimos o arrependimento suficiente para nos fazer mudar o nosso rumo. Ser perfeito, ninguém é. Mas como eu já disse há uns posts atrás: insistir nos mesmos erros é idiotice.
Mas essa seria a minha opinião, só (e nessa eu não só acho, como tenho certeza de que sou minoria). Se você errar feio, todos vão te condenar. Então não venha depois falando que eu que te incentivei. Pra você estar bem com todo mundo, o melhor é nunca errar e ser perfeito 4ever, ok? Boa sorte! ;)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Sobre o dia (encalhado) dos namorados



Não, não tô aqui pra chorar, nem pra fazer falsa fita de "quem precisa de namorados quando se pode curtir diversos bacanais e bailes funk ou ser celibatário?".

Ter um companheiro faz falta, ainda mais quando o inverno tá chegando e o frio te dá aquela vontade de ter alguém pra abraçar, os canais de TV enchem as suas programações de filmes românticos, a sua playlist aleatória insiste em tocar músicas melosas estilo Antena 1 e os seus amigos casais trocam juras de amor fofíssimas a todo instante.

Mas pera aí, namoro não é lá um mar de rosas! Dá trabalho, facilmente desregula o resto da tua vida (ou eu que até hoje não aprendi a lidar com eles, vai saber) e blá. Fico feliz pelas vantagens de cada fase da vida e tô satisfeita com a minha solteirice de agora.

Mas então, vou falar do que realmente me incomoda nesse dia gracinha: o desespero dos outros encalhados.
Pô! É gente de bico, gente amaldiçoando Deus e o mundo... Mas o pior de tudo, gente querendo desencalhar uns dias antes, ou melhor, NO DIA!
Uns pebas nada a ver vem sorrindo (muito estranhamente) pra você, querendo carregar os seus livros e abrir a porta, com papo de "o que você vai fazer hoje a noite? e amanhã? ah, nem no fim de semana?" que vem seguido das respostas "estudar, igreja, tô muito cansada, morrendo de saudade da minha cama, ver a amiga que não vejo há anos, clube de chá"... Eu só mentalizo um rápido suicídio nessas situações. Vai, nem em todas eu minto!

O pior é quando esses pebas são brothers teus, aí nesse caso você não deve mais chamar de peba, deve tratar com um pouco mais de respeito. Mas caramba, dá vontade de chacoalhar e falar: "Meu, estraga a nossa amizade não, valeu? Eu vou andar e fingir que não vi, nem ouvi isso e amanhã a gente se fala, beijotchau". Mas como sou cuidadosa e ética até demais, finjo que sou uma tapada e não entendi nada, dou um sorrisinho e ando.

Climinha super chato, eu não sou daquelas garotas pops que convivem bem com seus fãs; simplesmente odeio (não a pessoa, o fato) que qualquer pessoa se apaixone por mim se eu não vou corresponder. Talvez porque eu conheça a droga que é amar quem não te dá a mínima e porque nunca fui sádica de alimentar sentimentos de outros pra sustentar minha auto-estima. Se eu correspondo, outros 500, ficadica. hauahua
Mas enfim, nesses casos de dia dos namorados, o patético é que nem sentimento rola. Na maioria das vezes é só o desespero de não ter que passar mais um dia desses sozinhos. Por isso que me revolto, senão eu tinha só pena.

Eu uso esse blog pra escrever o que bem penso. Espero de verdade que nenhum desses amigos leia justo esse post de hoje. Mas se algum der a "sorte" de aparecer por aqui, ele deve pensar no lado positivo: ele estará descobrindo o que eu não tive coragem de falar na cara e recebendo quase uma lição de vida: o que nunca mais fazer.

E pra não falar que os culpados desse dia são só os homens, não são poucas as garotas que se produzem mais nesse início de mês. Maquiagem, jogadas de cabelo, desfiladas, sorrisinhos e risadinhas... Porém, fato é que funciona muito mais pros garotos, eu acho é graça de como eles "caem" mais fácil.

Mas geeente, diz aí: se tá sentindo falta, por que não fazer isso o ano todo e só agora? Acho isso tão... Deixa pra lá!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

su.ti.le.za

1. Caráter ou qualidade de sutil. 2. Extrema delicadeza, tenuidade (falando de coisa). 3. Agudeza de espírito. 4. Delicadeza, finura ou penetração dos sentidos. 5. Argumento ou raciocínio próprio para embaraçar; raciocínio engenhoso quanto à forma. 6. Dito sutil.

Característica que mais tenho buscado nesse ano; e não que eu a tenha "encontrado", mas tem me feito muito bem tentar tê-la em mim.
Acho que o curso de Direito me influenciou, porque cada vez mais percebo como cada mínima palavra, entonação, sobrancelha levantada ou vírgula podem mudar todas as interpretações, podem te transformar de acusador a condenado.

Mas não quero falar disso, coisas jurídicas a gente deixa pra depois, né?
Bom mesmo é ser sutil com as coisas do dia-a-dia. Não que eu esteja querendo me tornar uma florzinha intocável, nem que o meu mundo ideal seja feito de pessoas sem graça tipo picolé de chuchú, como diria uma amiga. Viva la espontaneidade!
Mas a questão é que é muito legal descobrir as diferenças que pequenas coisas fazem.

Deixa eu dar um exemplo legal... Quando você quer se resolver com outra pessoa, você nunca deve começar a conversa falando dos erros que ela está cometendo e de como é difícil perdoá-la. Já começa falando dos seus próprios erros e pede perdão. Porque aí, por mais que lhe seja difícil perdoar, você a desarma, ela percebe que você não está ali pra brigar e logo assume que também errou (se não pra você, por orgulho, assume pra ela mesma). Mas quando você começa discussões com acusações, a outra pessoa não escuta nem metade do que você fala, só procura se colocar na defensiva e é daí que muitas brigas nunca terminam.
Falando aqui, parece até algo bem lógico e simples. E realmente é, isso que é sutileza. Mas não é algo que costumamos colocar em prática. Eu mesma só comecei a fazer isso na última discussão que tive e foi um univeeerso de diferença fazer isso - uma briga que era pra durar uma vida acabou bem e rápido... Nem acreditei! hehe

Sei lá... Coisas assim, que eu nunca percebi e agora percebo tão tornando minha vida muito melhor, é isso que eu queria falar pra você!
Eu sempre enrolo e falo de bando, mas a verdade é que eu queria te aconselhar a ser mais sutil, pra estar mais atento e sensível pra perceber os detalhes de cada coisa. Sério, isso melhora um mundo - mais do que todos, o teu! ;)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Confiar

Sabe quando você conserta um erro teu, sabe que está evoluindo e então fica transbordante, "agora sim, tudo vai ficar bem"? Aí você cai da cama, acorda do sonho e percebe que o mundo continua do mesmo jeito? Você pode ter crescido, pode estar entendendo aquilo que antes não entendia, mas o resto das pessoas continua do mesmo jeito. Ninguém mudou. De que adianta você saber o valor do perdão, a virtude que é perdoar sem precisar de nada em troca, se aquela mesma pessoa que já precisou tantas vezes do teu perdão não consegue te perdoar por nenhuma falha sequer?

Ah, desanima!
Irrita... Dá vontade de desistir daqueles relacionamentos todos.
Quais? Dos com pessoas menos "especiais" do que você.

Mas o que você não percebe nessas horas que você sente que os outros estão sendo insuficientes é que você está mais cheio de si do que deveria.

E ok, os livros de auto-ajuda e as revistinhas da moda nos dizem para sermos auto-suficientes e cheios de nós mesmos, mas eu não vejo no que isso é positivo. Claro que a própria felicidade dependendo das outras pessoas é um problemão, mas eu, pelo menos, não vejo graça em ser toda eu mesma! rs

O que sei, como uma pessoa normal e sem super-poderes é que todos nós precisamos ser preenchidos... Completos por algo.

O ruim de depositar a confiança em pessoas é que pessoas falham. O ruim de depositar a confiança em você mesmo é que você falha e mais, você sabe disso mais do que ninguém.
É... Aí é só pela graça que você conhece um Deus que pode te tirar desse meio tão falho... É só pela graça que eu o encontrei e eu digo: É a coisa mais preciosa que eu tenho na minha vida, mais do que todos os meus bens juntos, eu não o trocaria por nada.

Espero que um dia você também conheça Deus como eu conheço. Não como um criador todo-poderoso, fruto de fanatismo ou religiosidade; mas como um pai, um melhor amigo. :)

sábado, 18 de abril de 2009

Saudade, por C. Lispector

Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.

Na falta de tempo, vão citações do que eu gosto! E claro, nunca vai faltar Clarice. hauahuaha
Espero que você esteja bem, esteja feliz com a vida. Pelo menos metade do que eu, porque essa metade já é muito. É, eu tô feliz! rs
Mas isso é assunto pra um post de outro dia.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Poder de barganha


Tempo zero, vim aqui pra internet estudar pra uma prova (matéria semi-presencial, 1/3 com professor e 2/3 vagabundagem via internet) e resolvi vir aqui correndo, só pra fazer uma breve confissão: eu sou a pior pessoa do mundo pra barganhar. Na verdade, eu tenho pavor de pedir desconto pra alguém.

Como toda boa paulistana, você deve estar me achando a negação da espécie (bem, eu também nunca soube sambar mesmo, nem ligo!).
O pior de tudo é que a minha mãe é a melhor pechincheira que eu já vi, só pra aumentar a minha humilhação, sempre consegue tudo mais barato. Por isso que eu sempre peço ajuda pra ela, claro!hehe
E é porque eu não tenho coragem meeesmo, pareço uma timidazinha. Logo eu, que sou tão invocada (=mala) com outras coisas.

Os meus diálogos são sempre num estilo:

- Mariazinha, quanto tá isso aqui?
- Tá tanto.
- Ah, faz um desconto pra mim, vai? (com aquele sorrisinho simpático)
- Ih, dona.... Nem dá! Já tá muito barato. (papo furado)
- Ah, então tá! Obrigada. (o sorriso no mesmo lugar, imobilizado e sem graça)

Aaaaaaaaaaai, tão loser! huahauahuahaha
Eu não tenho coragem de insistir, tenho essa mania de nunca querer ser abusada. Mas a verdade é que barganha é algo essencial no comércio. Quem vende o seu produto já deve deixar uma margem para um possível desconto, senão ele não consegue fazer média com os clientes, não consegue fidelizá-los e, logo, não é um bom comerciante e falirá. Cresci numa família só de administradores, marketeiros e publicitários, alguma coisa eu aprendi. ;P

Hoje, por exemplo, eu tô vivendo um dilema. Quero fazer uma coisa no salão e minha mãe me disse que só paga até x (sendo que o valor normal é x+60). Só que dessa vez ela disse que não vai me ajudar; que eu que vou ter que conseguir o desconto, senão fico sem; que ela precisa me preparar pra vida lá fora e que eu consigo, sim (yes, we can); que já sou cliente há anos da mulher e que ela não ia me negar tal pedido e blablabla. Já pedi, implorei, tentei subornar... Mas dessa vez parece que é comigo mesmo. E já faz uma semana que tô enrolando nessa de "depois eu peço, não tô preparada psicologicamente" (loser de novo... huaahuaha).

A verdade é que tem traumas que nós não abrimos mão, não nos dispomos a encará-los para acabar com eles.
Afinal, não foi à toa que eu fui a primeira da família a escolher Direito, o curso mais distante (e legal, sim, sou meio louca :) do comércio possível.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Meu lado anti-positivista

Eu tento, eu me esforço pra ficar longe...
Mas a verdade é que tem uma chama que eu não consigo esconder dentro de mim, a chama de la REVOLUCIÓN!!! (ai, que brrrrrrega)

Sem mais palhaçadas, é verdade. Eu até já me esforcei por algum tempo pra ficar longe das revoltas estudantis, pra tentar fazer uma nova fama do meu nome nas instituições (já que eu vivo trocando), pra conseguir o título de "aluna aplicada, excelente aluna". E por um tempo eu consegui. Mas sabe qual é a real? Não vi graça nenhuma.

Sempre fui de reclamar e não deixar barato. Tava lembrando da minha 3ª série, quando anotei na minha agenda uma lista de palavras como "pobrema" e "célebro" e fui toda dona da verdade pra sala da diretoria pedindo pra que trocassem a professora, porque eu não queria ter aula com uma professora mais burra que eu. Hoje eu percebo que essa professora, coitada, tinha todo o direito de me odiar. hauhauahuaa
E essa foi só uma das histórias... Daí você sabe porque desde sempre fui representante de turma, só não fui no 3º porque pedi pra não votarem em mim.

[P.S.: Ser escolhido representante não significa ser o mais amado da turma. Significa ser o que sabe reclamar melhor, fato.]

Mas então... Eu tô ótima na faculdade, obrigada! Comportada, com frequência completa, todas as atividades entregues, ótimas notas, blablablá. Mas a cada absurdo que eu vejo acontecendo lá, meu coração aperta um pouco mais (e não falo poeticamente, sabe aquela dor que dá no peito quando você não fala alguma coisa que quer muito? Dói mesmo, pelo jeito eu vou puxar o lado cardíaco da família [Deeeeeeeeus que me livre e guarde, tá amarrado ] voltando...).
Hoje a professora de Sociologia anunciou a vagabundagem que ela vai fazer no resto do semestre e então eu estourei a cota. Fui pro fundão mesmooo, levantava a mão pra desafiar a professora. E já combinei como vamos interromper a próxima aula dela e explicar pro resto da sala o abuso "disfarçado que ela tá fazendo e vamos pedir que haja democracia por meio de votos.

Por fooooorças do destino, estava o Movimento Estudantil no intervalo com o microfone e distribuindo panfletos, mandando ver. E era tudo o que eu queria ver, gente com motivos sérios de revolta. Não querendo só fazer baderna, mas querendo lutar por seus direitos, que a instituição fizesse jus do seu dinheiro e da educação que promete dar.

Resumindo, eu matei aula pra conversar com os que estavam na frente do movimento, pra saber o que eles tavam fazendo ou deixando de fazer. Me encantei com as propostas e procedimentos deles, eram totalmente diplomáticos e sérias as suas intenções, assim como eu também faria se estivesse no lugar deles. Acabei por me juntar a eles e senti um alívio imenso. Não estou mais me sentindo uma das submissas e acomodadas, estou na luta também.

Há uma deturpação imensa do significado do Movimento Estudantil. Na tua cabeça, já vem coisas sendo quebradas, gritarias e zona. Resumindo, gente vagal querendo farra, só pra matar aula e rir um pouco. E realmente, muita gente pega carona com o movimento pra fazer zona, já que o movimento é aberto e não se pode ter um controle rígido para que tais (retardados) participem. Até porque, a luta deve ser acadêmicos vs. instituição e não acadêmicos vs. acadêmicos. Mas o real sentido do movimento é simples e puro: é a luta por mudança, é a luta por melhora, é a luta pelo bem comum.

Estava pesquisando sobre a história das conquistas deles e realmente tem umas incríveis, ao você parar pra pensar que eram "só estudantes". Quem quiser ler, o site da PUC dá uns exemplos muito interessantes: http://www.mundojovem.pucrs.br/subsidios-gremio_estudantil-04.php

Enfim, já sei que pouquíssimos vão ler o post até o fim. Se você leu até aqui, comenta pra eu saber pelo menos!hehe
Tento não escrever coisas muito nerds aqui, mas a verdade é que eu sou nerd meeermo e esse aqui era inevitável!rs

quinta-feira, 19 de março de 2009

Todemais

Um dia desses, tava numa roda com os meus amigos e blablablá, surgiu o assunto do meu blog. Aí minha amiga querida falou:
- O que eu gosto no blog da Rafa é que ela só escreve quando tá revoltada, então é engraçado ver todas as revoltas, parece até que ela é uma estressadinha.
E todo mundo riu - da minha cara, na minha cara - e concordou, eu ri junto e falei que não era pra tanto, mas concordei também.

Mas, a partir dali, resolvi fazer menos posts negativos. E aí que eu quase nunca mais tô postando. É, é a vida! hehe
Inspiração existe, saco pra escrever coisas por escrever é que não existe. E no meu caso, realmente no ecsiste, literalmente falando.
Ok, assumo que adoro causar um riot, uma revolta desde pequena. Mas tademaaais, tô com 5 textos no meu rascunho, desde a última vez em que postei aqui. Todos, quando fui ler antes de postar, desisti por serem tão reclamões. Então aí vão 5 coisas legais que eu tava pensando hoje:
  1. Tô feliz da vida com o celular que comprei, o stereo dele é excelente, parece que é um rádio mesmo. Aí agora meus banhos tão evoluindo, não tô só cantando como dançando também...Virando uma verdadeira artista feliz e retardada de chuveiro.
  2. Eu supereeeei definitivamente um paixonete que oh!Durou, viu... Perdi tanto tempo não enxergando outros por só enxergar ele... Aquela velha história de paixão, mas tô livre e vendo cor de novo nos outros garotos. Não que eu vá rodar, mas tb não vou ter mais olhos pra uma pessoa só, o que é waaaaaaaa, o Big Bang. ;P
  3. Viva a Lei Maria da Penha! Mesmo falha - estilo Dado Dolabella patético já foi solto - já pensou que passo imenso pras mulheres que apanham de seus maridos não terem que sofrer mais caladas, com medo de se mover e acabar piorando pro lado delas? Pode até ser inconstitucional, mas é um tapa-buracos que tá servindo bem pro momento!
  4. Fico tão feliz por saber que tive uma educação excelente com relação a não me contentar com o abuso dos homens. Submissão, conforme a bíblia é uma coisa bem diferente de obediência e submissão no sentido usual, por isso as tantas más interpretações dos "valores cristãos".
  5. Tô fazendo tratamento homeopático de florais, promete que eu seja uma pessoa melhor. Como faz dois dias, bolhufas de efeito. Mas conto pra vocês daqui a um mês!haha

Hm, o 6º é que vou dormir agoooora, só alegria!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Coração

Os dias passando e minha rotina mudando.

Cansada, não de escrever, mas de todo o resto ligado a internet. Tenho tido vontade de me afundar nos livros e no silêncio, mais ouvir do que falar. Não por estar magoada com o mundo, simplesmente acho que tem hora pra tudo, e essa é a minha hora.

Uns conflitos aqui, outros ali... Pequenos, mas suficientes pra me fazer ver o tanto que ainda preciso mudar, amadurecer nos meus relacionamentos. É o orgulho maior do que eu mesma, é a teimosia, a contestação por tudo e por nada, é o pavio curto, a mania de querer desistir de tudo quando a outra pessoa me magoa e o pior de todos, o fato de me travar tudo: dentes, punhos, mas não sair nenhum pedido de perdão da minha boca a não ser que eu realmente tenha me arrependido do que fiz.

Ah, é difícil... Convivência é um eterno desafio. Quando achamos que já aprendemos, percebemos que ainda somos mulinhas naquele e naquele ponto. O dia que eu virar pro nessa arte, acho que vou ser a pessoa mais feliz do mundo de vez. rs

A música que me tem sido trilha sonora nesses dias é uma do João Alexandre, não sei se você já ouviu falar - recomendo! Mas enfim, no início eu não entendia porque estava pensando tanto nela. Só hoje fui perceber que Deus queria que eu pensasse bem no que ela diz. Vou deixar aqui o refrão, pra terminar o meu post.

Coração...
Entre o bem e o mal, que distância haverá?
Coração...
Um amigo, um bandido talvez
Quem te conhecerá?

Fiquem com Ele e um ótimo fim de semana! ;)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

In love

"Obrigada Deus, posso não ser linda, mas não sou tão feia assim!"

Vai dizer que nunca pensou assim?
Sério, gente! Devemos ser gratos, porque cada baranguetes nesse mundo que cruzes!
hahauahuahua

Comentários maldosos à parte.
A vida vai bem, obrigada. O curso que eu escolhi, pelo que tenho visto foi feito pra mim e eu pra ele... Tô in love pelo Direito. Sabe o que é assistir tooooodas as aulas interessadíssima? Pra quem teve um drama de Ensino Médio como eu, é motivo de cantar Singin' In The Rain pela rua, rodar segurando no poste e todas essas coisas retardadas...Sim, sim!

Papo de nerd? Pode até ser, mas acho que deve ser considerado o fato de que eu nunquinha fui nerd. Eu já tentei, já quis...Mas nunca me adaptei a esse estilo de vida.
É mais do que gostar do curso, é sentir que tem uma real vocação pr'aquilo... É identificar uma parte sua que sempre esteve ali, mas você só não soube pôr nome.

Oh yeah, baby...Best feeling ever!

E é nessa hora que eu pergunto: pra que homens (ou mulheres, se você é homem) se podemos estudar?
Claro que não falo sério... Se você concorda com isso, a coisa tá triste, hein? Aceita um abraço?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ao menos que o coração sustente...

Ser jovem é assim: as vezes ser surpreendido por ter se tornado o adulto que sempre sonhou e as vezes ser surpreendido pela criança (patética ou não) que ainda é. E sempre ser surpreendido pelo tempo seguir, nunca parar ou dar mais de si para nós.

Quando abandonamos a juventude? Sabe-se lá, talvez nunca. Talvez quando nos tornamos carrancudos, ou talvez ser carrancudo seja apenas uma máscara sob a qual escondemos a nossa juventude.
Como nunca "avancei" pra essa fase, prefiro nem dar palpite.
Só sei que prefiro ser qualquer coisa do que uma velha amargurada, fato. hehe

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Eu sei que as vezes uso

Repetindo na minha cabeça as mesmas palavras:
eu não me importo
eu não me importo
eu não me importo
eu não me importo
eu realmente não me importo!

Pra ver se de alguma forma eu absorvo o sentido delas e amadureço.
Mas dói... Cada vez que presumo que não terei controle do que sentir,

após algo que ainda está por vir.

Quem dera existisse um botão de liga/desliga,

e um controle pra suavizar ou extravazar os sentimentos.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Eu era um lobisomem juvenil

Luz e sentido e palavra
Palavra é que o coração não pensa.

... Não falo como você fala
Mas vejo bem o que você me diz.


Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo
Prefiro acreditar no mundo do meu jeito
E você estava esperando voar
Mas como chegar até as nuvens com os pés no chão?


O que sinto muitas vezes faz sentido
E outras vezes não descubro o motivo
Que me explica porque é que não consigo ver sentido
No que sinto, o que procuro, o que desejo e o que faz
parte do meu mundo.


O arco-íris tem sete cores
E fui juíz supremo
Vai, vem embora, volta
Todos têm, todos têm suas próprias razões.


Qual foi a semente que você plantou?
Tudo acontece ao mesmo tempo
Nem eu mesmo sei direito o que está acontecendo
E daí, de hoje em diante
Todo dia vai ser o dia mais importante.


Não digo nada, espero o vendaval passar
Por enquanto eu não sei

O que você me falou me fez rir e pensar
Porque estou tão preocupado
Por estar tão preocupado assim?


Mesmo se eu cantasse todas as canções
Todas as canções,
Todas as canções,
Todas as canções do mundo
Sou bicho do mato mas...


Se você quiser alguém pra ser só seu
É só não se esquecer: estarei aqui.


Ou então não terá jamais
A chave do meu coração.


Renato Russo (Legião Urbana)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Como enfiar na cabeça de um retardado

As vezes eu pergunto a Deus por quê...Por que é tão difícil falar a verdade em certas horas.
O título desse post pode ter te assustado, mas é o que eu tenho vontade de gritar algumas vezes também.

Meu querido (ou não) leitor, será que você entende que é muito fácil chegar pra um amigo e elogiá-lo, falar que vai ficar tudo bem e que ele tem um futuro promissor... Entende que é muito fácil e confortável mentir? Você agrada a pessoa, sai da história como o "apoio, o "salvador, aquele que coloca a pessoa pra cima.

Mas que, verdadeiros amigos são aqueles que falam a verdade, verdades muitas vezes incovenientes? Que falam "Não, você não está bem. Não vai ficar bem."? Que falam "Você precisa mudar, do jeito que está você será infeliz, você quebrará a cara"? Que falam "Infelizmente, eu sei que você logo vai cair, mas saiba que eu vou estar lá por você, pra te ajudar a levantar, se você quiser"?

Quem, por céus, não entende e não aceita que a segunda opção é a melhor, por favor, aceite a minha humilde classificação de retardado.
Mas não se preocupe, ainda há tempo de mudar, porque afinal, eu também já fui uma retardada - quem nunca foi? - quanto a isso mas, cá estou eu, convertida e convencida depois de desilusões com pessoas "ditas amigas" e do arrependimento de perceber que eu dei as costas às pessoas que mais se importavam comigo. É, um tapa na cara pra acordar, mas acontece...

Será que não dá pra entender que é muito mais difícil ser aquele que alerta, que avisa que algo está errado, do que aquele que se omite e só quer farra? Que se quiséssemos, nós da segunda opção, seríamos os simpáticos da primeira pra ganhar mais amigos, mais confiança, tudo muito fácil; mas que, se escolhemos a segunda opção, estamos fazendo um sacrifício muito maior, que sabemos que talvez seremos julgados como os malas, os chatos, os que "se acham donos da verdade", mas aceitam o risco pra tentar o melhor pelos seus amigos?

Retardados dessa vida (não necessariamente você, leitor), por favor, abram os olhos!
Se não por esse post de indignação, saibam que a vida vai lhes ensinar e que infortunadamente, será mais dolorido.

E pros que concordam, muito obrigada... Vocês são o alívio que eu tenho, afinal, provam que não sou chata por querer ser e só. =)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

E a culpa é de quem?


Hoje, tive que ir sozinha a quatro lugares diferentes.
Normal - garota de interior em Brasília é assim, vai pro Plano Piloto e resolve tudo de uma vez, zigue-zagueando pela cidade pra poupar tempo e percurso e depois volta pra sua terrinha, no meu caso, Jardim Botânico.

Normal, se eu não tivesse errado os caminhos nas quatro vezes, se eu não tivesse ido de salto alto, bolsa pesada e esquecido meu óculos de sol, meu protetor solar e meu revólver (é, esse não).
Troquei a hora de descer na parada por pura inércia; subi pra 900 e só descobri lá que a 300 ficava no sentido oposto; ao invés de ir em diagonal do Brasília Shopping pra 103N, contornei cada uma das quadras (logo, o maior caminho); andei que nem uma pata com cara de brava para que os tarados não me torrassem mais ainda a paciência...

Poooooooor falar em tarados, abre [Tenho uma teoria de que andar graciosa pelas ruas que nem em propaganda de shampoo e O Boticário é uma das maiores furadas do universo. Pra ouvir as buzinadas, assobios, "ei"s e olhares enojantes dos tarados? Credo, prefiro fazer careta ou cara de retardada mental, andar mancando e torta só pra mantê-los o mais longe possível de mim. Afinal, minha auto-estima não se altera com esses aí, graças ao Pai] fecha.

No meio dos tantos erros de percurso, fiquei repetindo meu mantra nada lindo, mas super útil "merda, merda, merda". Não totalmente que nem uma louca... Quem passava só via minha cara de saco cheio e a boca mexendo quase nada.

Mas depois eu fui respirar fundo e parar pra pensar. Colocar a culpa no lindo dia que Deus tinha me concedido? Não... Eu que estava totalmente desligada, com a cabeça na lua. Por isso que me confundi tantas vezes, porque mal pensei.

E no final, o dia nem foi ruim. Ver a cara de feliz da minha amiga por estar entre amigos no seu aniversário reiluminou tudo. Meus pés tão machucadinhos, mas passa. E ainda peguei um bronze! huaahuahua

sábado, 10 de janeiro de 2009

Entender

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples estado de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

Por Clarice Lispector.

Acho que nunca vou deixar de citá-la. Indentifico-me tanto com ela, que é como se o que ela escrevesse coubesse perfeitamente em mim e ponto - pelo menos na maioria das vezes... Nas outras são vírgula. Afinal, ninguém é perfeito
que nem eu. MUAHAHA