segunda-feira, 6 de abril de 2009

Poder de barganha


Tempo zero, vim aqui pra internet estudar pra uma prova (matéria semi-presencial, 1/3 com professor e 2/3 vagabundagem via internet) e resolvi vir aqui correndo, só pra fazer uma breve confissão: eu sou a pior pessoa do mundo pra barganhar. Na verdade, eu tenho pavor de pedir desconto pra alguém.

Como toda boa paulistana, você deve estar me achando a negação da espécie (bem, eu também nunca soube sambar mesmo, nem ligo!).
O pior de tudo é que a minha mãe é a melhor pechincheira que eu já vi, só pra aumentar a minha humilhação, sempre consegue tudo mais barato. Por isso que eu sempre peço ajuda pra ela, claro!hehe
E é porque eu não tenho coragem meeesmo, pareço uma timidazinha. Logo eu, que sou tão invocada (=mala) com outras coisas.

Os meus diálogos são sempre num estilo:

- Mariazinha, quanto tá isso aqui?
- Tá tanto.
- Ah, faz um desconto pra mim, vai? (com aquele sorrisinho simpático)
- Ih, dona.... Nem dá! Já tá muito barato. (papo furado)
- Ah, então tá! Obrigada. (o sorriso no mesmo lugar, imobilizado e sem graça)

Aaaaaaaaaaai, tão loser! huahauahuahaha
Eu não tenho coragem de insistir, tenho essa mania de nunca querer ser abusada. Mas a verdade é que barganha é algo essencial no comércio. Quem vende o seu produto já deve deixar uma margem para um possível desconto, senão ele não consegue fazer média com os clientes, não consegue fidelizá-los e, logo, não é um bom comerciante e falirá. Cresci numa família só de administradores, marketeiros e publicitários, alguma coisa eu aprendi. ;P

Hoje, por exemplo, eu tô vivendo um dilema. Quero fazer uma coisa no salão e minha mãe me disse que só paga até x (sendo que o valor normal é x+60). Só que dessa vez ela disse que não vai me ajudar; que eu que vou ter que conseguir o desconto, senão fico sem; que ela precisa me preparar pra vida lá fora e que eu consigo, sim (yes, we can); que já sou cliente há anos da mulher e que ela não ia me negar tal pedido e blablabla. Já pedi, implorei, tentei subornar... Mas dessa vez parece que é comigo mesmo. E já faz uma semana que tô enrolando nessa de "depois eu peço, não tô preparada psicologicamente" (loser de novo... huaahuaha).

A verdade é que tem traumas que nós não abrimos mão, não nos dispomos a encará-los para acabar com eles.
Afinal, não foi à toa que eu fui a primeira da família a escolher Direito, o curso mais distante (e legal, sim, sou meio louca :) do comércio possível.

10 comentários:

Lua disse...

hehe..
Eu adoro pechinchar e sempre fui chamada de pidona por isso. As minhas amigas são muito envergonhadas e acham que é falta de educação. Tô nem aí.. vou continuar pechinchando.

Anônimo disse...

Bom Dia!
Desculpe entrar em seu blog, mas coisas interessantes estão acontecendo e preciso de uma confirmação:
Você é parente de um rapaz chamado ANDRE SCHLUCAT?
Estive com ele hoje pela manhã e conversamos muito. Gostaria de ajudá-lo. Por favor, confirme para mim.
Mais uma vez desculpe a invasão.
Abraços,
Bruno

Rafaela disse...

Sim, ele é meu tio, Bruno... Mas não tem como eu te responder se você não deixou o teu contato. Qualquer coisa, me manda um email no schlucat@gmail.com.

Anônimo disse...

Experimenta assim...

- Moço, quanto custa isso?
- Tanto.
- E pra levar? Quanto custa?
- Tanto (= o outro tanto).
- Hmmm... Tá... Vou dar uma olhadinha e, qualquer coisa, volto aqui daqui a pouco.

Aí você volta e fala que o do fulano tá um pouco mais barato. Tenta e vê no que dá. =P

Beijão!

Anônimo disse...

Tranquilo Rafaela. Conversei hoje com a mãe dele, Dona Lidia e pude perceber o quando ela sofre a respeito. Me coloquei a disposição dela dando o meu apoio para o que for necessário. Ela me falou que está ao lado de Deus, pedindo em oração para que Ele ilumine os caminhos do André. Me juntarei a Dona Lidia em oração também. Não sei se um dia verei o seu tio novamente, mas o encontro com ele hoje mexeu muito comigo. Não foi uma coisa programada, estava a caminho do meu serviço e lá estava o André. Conversamos por um bom tempo e pude perceber que ele é um bom rapaz. Ele me pediu apenas duas coisas. Um abraço e que ligasse para sua mãe dizendo que ele ainda tem "o brilho no olhar". Tenho certeza absoluta que um dia ele irá olhar para dentro de si mesmo e então encontrará o que mais procuramos que é Deus. Deixei o meu telefone com a Dona Lidia caso possa ser útil. Um grande abraço a você e a todos de sua família.
com amor, Bruno.

Tamara disse...

Não se sinta envergonhada! Sempre achei a barganha o fim do mundo! Eu não peço desconto, nem com sorrisinho amarelo. Só exponho a concorrência, se for o caso. Fora isso, nananinanão.
E NÃO somos losers! hahaha

;D

Tamara disse...

Barganhar é, na minha opinião, o fim do mundo. Comparar com os preços do vizinho, até que vai. Jogar uma piadinha, tipo 'passa em dez vezes no cartão?' naquela barraquinha da esquina, até que vai. Mas barganhar não é comigo também.
Rafa, me recuso a adimitir que somos losers!

Rodrigo disse...

Minha mãe é a mesma coisa xD Eu prefiro ficar sem comprar nada mesmo euheueheuh

Prila disse...

Eu adoro barganhar...meu pai é meio sem noção, de tanto barganhar acaba fazendo amizade!
Duas coisas que eu faço
1) peço o desconto e digo que vou pagar com dinheiro...mostro pra eles que eu sei que eles pagam mó dinheirão pra cada operação do débito e do crédito, então vale mais a pena o dinheiro!
2) se não funcionar, pego a minha carteira e falo que só tem o x mesmo, que já era!hehehehe
Dou uma de joão sem braço e normalmente funciona!
ihihihi
go girl!!!
bjo
prila

Ingrid Cardozo disse...

Ai Rafa, como eu adoro ler seus posts.
hehehehehe, eu também tenho um problema sério com isso, mas aos poucos a gente vai melhorando com os nossos pais (sempre são os nossos pais, já percebeu?) Enfim... você realmente é meio doida, ou doida e meio.. mas parabéns pelo post mais interessante em plena segunda feira.
Beijos lindíssima, saudades!