Eu tento, eu me esforço pra ficar longe...
Mas a verdade é que tem uma chama que eu não consigo esconder dentro de mim, a chama de la REVOLUCIÓN!!! (ai, que brrrrrrega)
Sem mais palhaçadas, é verdade. Eu até já me esforcei por algum tempo pra ficar longe das revoltas estudantis, pra tentar fazer uma nova fama do meu nome nas instituições (já que eu vivo trocando), pra conseguir o título de "aluna aplicada, excelente aluna". E por um tempo eu consegui. Mas sabe qual é a real? Não vi graça nenhuma.
Sempre fui de reclamar e não deixar barato. Tava lembrando da minha 3ª série, quando anotei na minha agenda uma lista de palavras como "pobrema" e "célebro" e fui toda dona da verdade pra sala da diretoria pedindo pra que trocassem a professora, porque eu não queria ter aula com uma professora mais burra que eu. Hoje eu percebo que essa professora, coitada, tinha todo o direito de me odiar. hauhauahuaa
E essa foi só uma das histórias... Daí você sabe porque desde sempre fui representante de turma, só não fui no 3º porque pedi pra não votarem em mim.
[P.S.: Ser escolhido representante não significa ser o mais amado da turma. Significa ser o que sabe reclamar melhor, fato.]
Mas então... Eu tô ótima na faculdade, obrigada! Comportada, com frequência completa, todas as atividades entregues, ótimas notas, blablablá. Mas a cada absurdo que eu vejo acontecendo lá, meu coração aperta um pouco mais (e não falo poeticamente, sabe aquela dor que dá no peito quando você não fala alguma coisa que quer muito? Dói mesmo, pelo jeito eu vou puxar o lado cardíaco da família [Deeeeeeeeus que me livre e guarde, tá amarrado ] voltando...).
Hoje a professora de Sociologia anunciou a vagabundagem que ela vai fazer no resto do semestre e então eu estourei a cota. Fui pro fundão mesmooo, levantava a mão pra desafiar a professora. E já combinei como vamos interromper a próxima aula dela e explicar pro resto da sala o abuso "disfarçado que ela tá fazendo e vamos pedir que haja democracia por meio de votos.
Por fooooorças do destino, estava o Movimento Estudantil no intervalo com o microfone e distribuindo panfletos, mandando ver. E era tudo o que eu queria ver, gente com motivos sérios de revolta. Não querendo só fazer baderna, mas querendo lutar por seus direitos, que a instituição fizesse jus do seu dinheiro e da educação que promete dar.
Resumindo, eu matei aula pra conversar com os que estavam na frente do movimento, pra saber o que eles tavam fazendo ou deixando de fazer. Me encantei com as propostas e procedimentos deles, eram totalmente diplomáticos e sérias as suas intenções, assim como eu também faria se estivesse no lugar deles. Acabei por me juntar a eles e senti um alívio imenso. Não estou mais me sentindo uma das submissas e acomodadas, estou na luta também.
Há uma deturpação imensa do significado do Movimento Estudantil. Na tua cabeça, já vem coisas sendo quebradas, gritarias e zona. Resumindo, gente vagal querendo farra, só pra matar aula e rir um pouco. E realmente, muita gente pega carona com o movimento pra fazer zona, já que o movimento é aberto e não se pode ter um controle rígido para que tais (retardados) participem. Até porque, a luta deve ser acadêmicos vs. instituição e não acadêmicos vs. acadêmicos. Mas o real sentido do movimento é simples e puro: é a luta por mudança, é a luta por melhora, é a luta pelo bem comum.
Enfim, já sei que pouquíssimos vão ler o post até o fim. Se você leu até aqui, comenta pra eu saber pelo menos!hehe
Tento não escrever coisas muito nerds aqui, mas a verdade é que eu sou nerd meeermo e esse aqui era inevitável!rs