![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW2BgScKPEf4GEMei6H2-nLZOKp48zcMUjmJH5lh0wzAdOePyzCP_UG1bc2iXuTbmszIKxYfHpHco2WnT74UFwK3s_HrMv6vUypfONgahJdlQW2Vf1xXbUxTLkd4Kdbi0gzKHIvTEcQbc/s200/Natal+Trilegal+08+064.jpg)
Uma vez perguntei pra minha terapeuta o que ela achava que definia uma pessoa como obsessiva por outra; até que nível a perseguição podia ser considerada normal.
Claro que, ela me conhecendo só um pouquinho, e vendo minha cara de preocupação ao esperar a resposta, já pediu pra eu começar a contar a minha história.rs
Eu, como toda boa curiosa, sempre abusei de orkuts, blogs, amigos-fonte e etc pra conhecer os garotos que me interessavam.
De uns tempos pra cá, comecei a reparar que enquanto amigas minhas mal conheciam os namorados, eu já sabia quais eram as dores e os amores, mãe, avó e titia das minhas vítimas, mesmo que com algumas delas eu não quisesse nada além do interesse... Não demorava muito pra eu saber. E eu não sabia quem estava mais errada: eu ou elas. Até porque entrei em pavor ao perceber que eu poderia ser uma paranóica e não saber.haha
No final, minha terapeuta falou que o meu problema era só o tamanho da minha curiosidade. Contanto que eu respeitasse os limites éticos, não tinha problema eu querer entender a outra pessoa antes de "mergulhar de cabeça" no meu sentimento ou não.
Às vezes, ainda me pego naquela dúvida terrível: se é certo ou não tentar saber daquilo. Cada dia é uma luta, até porque eu já fui bem mais liberal do estilo que justifica os erros como uma característica própria e ponto (como se o 'defeito' fosse inevitável).
Hoje, na dúvida, eu já fico com o "melhor não" e me afasto, antes que fique mais tentada. E cada um desses episódios pra mim são passos. Podem até ser essenciais, mas não deixam de ser um motivo de alegria, pra mim que sei bem como eu era.